Esta empresa familiar construiu em tempo recorde colégios em Madrid, Valência e inclusive Portugal para responder à pandemia.
COLÉGIOS DE VALENCIA, MADRID ou Portugal encontraram na empresa Balat, com sede em Navarra, e líder em Espanha no segmento na fabricação e desenho de módulos pré-fabricados, uma solução para ganhar espaço, manter as distâncias de segurança em relação à covid e tornar o regresso à escola mais seguro. Rafael Baranda, gerente desta companhia com mais de 200 empregados, mais de 70 na Comunidade foral, e cuja fábrica se encontra em Aoiz, explica que, nos últimos dias de agosto e nesta primeira semana de setembro, o número de estabelecimentos de ensino em toda a Espanha aumentou. “O processo de decisão é lento”, relata. Alguns dos colégios que construíram encontram-se em Torrejón de Ardoz (Madrid), em Huelva, como é o caso dos Salesianos ou em Barakaldo. O melhor exemplo de como conseguir aumentar rapidamente o espaço graças a módulos pré-fabricados está em Portugal, onde Balat construiu uma escola a partir do zero. O projeto tem a forma de «U», realizado com três conjuntos de 10 módulos cada. Cada conjunto de módulos está interligado para criar diferentes salas de aula e estadias para diferentes cursos.
Esta mesma situação, a necessidade de mais espaços, tem-se repetido desde março em muitas das obras de edifícios de nova construção: “Onde havia duas casas, agora há quatro. Agora temos 100% dos nossos módulos alugados. Isso sim. Estamos bem conscientes de que esta situação não se deve ao início de novas obras, que é o que desejaríamos, mas sim a uma situação completamente anómala e excepcional. Estamos preocupados com o último trimestre deste ano e com o primeiro de 2021. As perspectivas para o início de novas obras não são boas”, explica Rafael Baranda. “De momento, pudemos contornar a crise”.
PRESTES A SER COMPRADA
Com uma trajetória de mais de três décadas a suas costas, e delegações comerciais em Espanha, França e Portugal, Balat esteve no primeiro trimestre do ano a ponto de ser comprada pelo Algeco Group, empresa britânica líder na Europa e na Ásia do setor de construção modular. O próprio Rafael Baranda relata que chegou mesmo a ser assinado um acordo de compra e venda no final do ano passado. A operação estava sujeita à aprovação da Comissão Nacional do Mercado da Concorrência (CNMC), cujo prazo para responder a ambas as assinaturas expirava no final de Março. A declaração de estado de alerta no dia 14 de março encerrou a operação. E no passado mês de Junho, data em que expirava o contrato assinado entre Balat e Algeco Group para formalizar a operação. Neste contexto, o Algeco Group, que pertence a um fundo de investimento inglês, manifestou o seu interesse em adquirir a empresa navarra. “Agora estamos focados no nosso negócio. Embora não consideremos a possibilidade de vender, se recebermos ofertas, as analisaremos”, conta Rafael Baranda.
Artículo publicado en la Revista Negocios en Navarra